quinta-feira, 1 de abril de 2010
Animais selvagens em vias de extinção - o importante trabalho da Zoological Society of London (Sociedade Zoológica de Londres)
Com a publicação da chamada Lista Vermelha dos animais em vias de extinção, na última segunda-feira 6 de Outubro, uma iniciativa do Fundo Mundial da Nutureza e da Zoological Society of London (Sociedade Zoológica de Londres), em que pelo menos 1141 especies, incluindo o Lince, estão em vias de extinção, particularmente devido aos problemas de habitat, é oportuno falar sobre quem é a Zoological Society of London (Sociedade Zoológica de Londres) e a sua extraordinária obra. Fundada a 29 de Abril de 1826, no auge do interesse pela zoologia, esta pioneira dos jardins zoológicos e actual proprietária de dois dos principais zoos britânicos - Londres (Regents Park e o vasto parque de Whipsnade, a cerca de 80 km norte da capital, de 243 hectares e em que os animais gozam de relativa liberdade), é uma das principais instituições do mundo a desempenhar funções científicas no domínio dos animais selvagens, onde nascem mais de 1.000 animais por ano e proporciona visitas anuais a mais de 60 mil alunos de escolas secundárias. Porém, por rigor histórico, a origem dos zoos deve-se a Henrique I (1068-1135), que começou a coleccionar e manter animais, em Woodstock, perto de Oxford, sendo a colecção transferida para a Torre de Londres e que, por sua vez, transitou, em 1831, para a Sociedade Zoológica de Londres em Regent''s Park. Além de possuír o mais bem apetrechado hospital zoológico e a maior e mais especializada biblioteca de zoologia do mundo, nas suas instalações e laboratórios, independentemente de se proceder aos mais avançados e sofisticados estudos medicinais, aos seus cientistas devem-se, igualmente, os métodos genéticos e de conservação mais avançados, o que significa estudar e favorecer espécies extintas ou em vias de extinção, criando-as em captiveiro para, depois, regressarem ao seu habitat natural. Além de tigres da Malásia e de raros antílopes como o Oriz da Tunísia e da Arábia Saudita, bem como o macado Tamarin Dourado, que depois de serem criados em Londres foram mandados para os países originais, o mesmo aconteceu tanto com o cavalo selvagem Przewalski, mandado para a então União Soviética. como com o veado chinês, a quem foi dado o nome do seu descobridor, o padre francês Armand David, que em 1865 o viu no parque do Imperador Chinês, perto de Pequim, e que se encontrava extinto em toda a China. A coroar o seu notável palmarés de preservação de espécies em vias de extinção, em Dezembro de 2005 a Sociedade Zoológica de Londres, depois da reprodução dos raros cavalos selvagens Chevalski, nativos das estepes da Mongólia, mandou para este país uma colecção desta rara espécie de animais onde se espera uma próspera reprodução. Outra das preocupações sobre a preservação dos animais selvagens está nas melhores condições de vida dos animais em captiveiro, como métodos avançados de exposição, nomeadamente em relação ao Orangotango ou até de métodos educacionais dos próprios animais, como é o caso do ensino das mães a cuidarem dos filhos. Enquanto isso, nos tecnicamente avançados e bem apetrechados laboratórios da Sociedade, continua o laborioso trabalho de métodos genéticos ou de estudos veterinários que podem ser aplicados na medicina humana. Neste capítulo, a transferência de embriões de zebra em cavalos, de que resultou o primeiro animal cruzado, nascido em 1985, a observação do comportamento dos antílopes em captiveiro, durante a gestação e da própria Panda, têm sido algumas das preocupações dos cientistas da Sociedade.
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